
HISTÓRIA
Choro Patrimônio imaterial Brasileiro.
No dia 29 de fevereiro de 2024 na 103ª reunião do CONSELHO CONNSULTIVO DO IPHAN , O CHORO GANHOU O SEU REGISTRO COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BRASIL. Do encontro virtual dos bandolinistas Antonio Carlos do Nascimento e Adamor Lobato, nasceu a ideia da criação do ICA - Instituto Choro da Amazônia. A eles, juntaram-se os outros membros e assim o ICA ganhou vida.
O Instituto Choro da Amazônia (ICA) é uma entidade legalmente constituída e independente, sem fins lucrativos, que presta serviços à comunidade nas áreas de cultura, arte, educação e ciência. Nossa história começa em 2022, com a idealização do projeto, mas foi em 2024 que apresentamos o ICA para a sociedade.
A História do ICA
Rio Branco, Acre. 2001. O músico Antônio Carlos, conhecido como Tony Bandolim, cria o grupo Som da Madeira, especializado em choro ou chorinho. O grupo é formado na sua base por Tony no bandolim, Nilton Bararu, na sanfona, o violinista e maestro, James Fernandes, no violão e Marcones, na percussão. O choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero de música popular e instrumental brasileira, que surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX. No Acre, o Clube do Choro tem 15 anos de existência e o grupo Som da Madeira, que completou 18 anos. Eles atuam no cenário musical da capital e já participaram do Projeto Chorinho no Cinema, da Fundação Elias Mansour, em 2019.
Neste ano, o grupo completa 22 anos, tendo sido, ao longo desse tempo, um projeto independente que muito trabalhou para a preservação da música brasileira e para a formação de músicos locais, com base no choro, samba e na música nordestina. No ano de 2019, em mais uma ação voltada à preservação do choro, o Som da Madeira realizou o projeto Chorinho no Cinema, com uma programação quinzenal de shows gratuitos no Cine Recreio, espaço cultural da FEM
A partir de um projeto proposto pelo Departamento de Apoio às Artes da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), com o objetivo de formar jovens músicos para atuarem com a banda base do Festival Estudantil da Canção. A partir do sucesso desse projeto, o grupo Som da Madeira influenciou, nas duas últimas décadas, vários músicos, contribuindo para a formação de muitos deles.
Pela junção da música popular europeia e ritmos africanos, o Choro tem influenciado todos os caminhos da nossa música, do samba à bossa nova, fato reconhecido por grandes interpretes e compositores, como Tom Jobim, Villa-Lobos, Chico Buarque, Vinicius de Moraes.
Compositores e interpretes do Choro têm lugar garantido na história, como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, os geniais Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Junte-se a isto os intérpretes e compositores contemporâneos para a série se tornar um marco na trajetória da música brasileira.
Rio Branco, Acre. 2024. O Instituto do Choro Amazônia (ICA) é fundado por Tony Bandolim, com o objetivo de manter a memória do gênero musical viva. O músico é eleito é eleito por aclamação o primeiro presidente.
Sobre o Presidente Tony Bandolim e o Choro
Durante sua trajetória musical, Tony atuou como guitarrista solo na banda de rock The Spider de 1965 a 1971 e, posteriormente, entre 1972 e 1978, integrou o grupo de choro Vivaldo Medeiros como violonista e cavaquinhista, onde participou da gravação do disco do 1º Festival Nacional de Choro. Essa diversidade instrumental e sua incursão em gêneros musicais distintos marcaram seu percurso artístico. Entre 1979 e 2000, destacou-se como bandolinista colaborando com diversos artistas renomados como Jamelão, Moreira da Silva, Ataulfo Alves Jr., Monarco e Leci Brandão, entre outros.
Sua colaboração com o conjunto Época de Ouro marcou um momento singular em sua carreira, evidenciando seu talento e reconhecimento no universo do choro. Além disso, de dezembro de 2000 a 2009, Tony manteve sua dedicação à música brasileira como bandolinista e líder do grupo Som da Madeira no estado do Acre.
Durante esse período, desempenhou um papel fundamental na fundação do Clube do Choro de Rio Branco, além de assumir a função de diretor de produção e eventos desse clube. Sua atuação musical não se restringiu apenas aos palcos; envolveu-se em iniciativas socioeducativas, utilizando a música como ferramenta para desenvolvimento artístico e social de jovens talentos.
Desde 2001, atua como mediador, coordenador e professor em projetos sócio-culturais, especialmente voltados para jovens, com foco nas comunidades periféricas de Rio Branco, Acre. Essa abordagem busca proporcionar oportunidades e desenvolvimento artístico para jovens talentos, contribuindo para o enriquecimento cultural da região. Ao longo dos anos, ele esteve à frente de projetos culturais, desde coordenador até idealizador, demonstrando seu compromisso com a cultura e educação musical na região.
Participou como produtor, diretor musical e coordenador em projetos que variavam desde festivais musicais até iniciativas socioeducativas, promovendo a cultura, música e arte no Acre. Em 2008 e 2009, atuou como bandolinista e líder do grupo Som da Madeira no projeto da prefeitura de Rio Branco, "Choro na Praça", levando a música para espaços públicos.
Sua presença como Convidado Especial como bandolinista no palco principal do "Viva o Verão", projeto da Secretaria de Educação nas praias do litoral paranaense em 2009, demonstra o reconhecimento de seu talento musical e sua representatividade na região quando se trata do Choro. Além disso, como Produtor e Apresentador do Projeto "Rio Branco Workshop", realizado mensalmente no Teatro Hélio Melo em 2008, evidencia seu comprometimento em oferecer oportunidades de aprendizado musical na comunidade local.
Desde 2003 até 2009, atuou como Coordenador e Bandolinista Líder do Grupo Som da Madeira no projeto "Roda de Choro na Gameleira", Rio Branco, Acre, contribuindo para a preservação e difusão do choro na região. De 2009 a 2016, Tony Bandolim se dedicou a diversas iniciativas, incluindo a música, educação e articulação cultural. Participou de projetos sociais em parceria com o governo do Acre, promovendo Choro e Samba no Café do Teatro, ministrando oficinas de música popular brasileira na UFAC.
Destaca-se também sua participação no show Tributo a João Nogueira, onde atuou como músico, demonstrando sua versatilidade e contribuição contínua para a cena musical.
Em sua extensa e diversificada carreira, Tony Bandolim não apenas se consolidou como um músico talentoso e versátil, mas também como um promotor incansável da cultura e educação musical na região do Acre, deixando um legado significativo no panorama cultural do país.
Neste ano, o grupo completa 22 anos, tendo sido, ao longo desse tempo, um projeto independente que muito trabalhou para a preservação da música brasileira e para a formação de músicos locais, com base no choro, samba e na música nordestina. No ano de 2019, em mais uma ação voltada à preservação do choro, o Som da Madeira realizou o projeto Chorinho no Cinema, com uma programação quinzenal de shows gratuitos no Cine Recreio, espaço cultural da FEM.
